sábado, 23 de julho de 2011

Sobre as Drogas



Hoje a Amy Winehouse morreu. E eu realmente gostava da Amy. Da voz, do estilo, da música, por mais que ela esquecesse a letra de alguma música nos shows e mandasse os fãs pra puta que pariu. Por mais que ela mostrasse os peitos na janela do hotel. Por mais maluca que ela era não dá pra negar o talento que ela tinha. É uma pena que as drogas tenham sido mais fortes que a Amy. 

É uma pena que a gente só pare e pense que existe cocaína, crack, heroína, maconha e outras tantas merdas que destroem corpo e alma quando algum famoso morre. Todo santo dia morre um João, um Marcos, um Rafael, um Zé. E ninguém liga, ninguém anuncia no Estadão. E eles também eram importantes, sim. Tinham pai, mãe, irmão, sobrinho, filho. Tinham alguém que sofria o sofrimento deles. Mas nada disso vira notícia.

Até quando o ser humano vai precisar de bengalas e paliativos?
Até quando a gente vai ter que afogar uma mágoa numa garrafa de Caninha 51 (uma boa ideia)? 
Até quando as noitadas terão drogas para animar?
Até quando o dia seguinte terá alguma droguinha para ser suportável?
Até quando a gente vai tentar se livrar de algumas dores procurando outras?
Até quando a gente vai se enganar e achar que essas merdas resolvem de fato alguma coisa?

Lágrimas vão e vem, feito onda. Mães acorrentam filhos para que eles não saiam em busca do crack. Adolescentes roubam pai, mãe, transeuntes. Até quando? O que falta? Educação? Conhecimento? Disciplina? Clareza? Força? Eu já experimentei drogas, pura curiosidade. Nunca fui viciada, nunca quis isso para a minha vida. Queria ver o que era. Vi. E não foi bonito. Vi amigos se ferrando, vi gente boa virando ruim. É um caminho difícil, apavorante. E a família se envolve, se une, se doa, sofre.

A gente não pode depositar as frustrações num baseado, numa carreira, num copo de uísque. A gente não pode colocar a culpa da falta de grana, falta de amor, falta de qualquer coisa no crack. A gente não pode achar que fumar um é diversão, relax. Não. É errado. Hoje em dia mais e mais crianças e adolescentes fumam cigarro, maconha, bebem nas festas e voltam trocando as pernas para casa. Os pais não enxergam ou se enxergam acham que é normal. Todo mundo tem um amigo drogado ou chegado na birita. Todo dia vejo mendigos caindo de bêbados. 
Está mais do que na hora da gente parar e pensar no que está acontecendo no mundo.

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