A busca da felicidade desafia a criatura humana desde o início de sua vida na Terra e alcança os nossos dias com a grande questão de nossas existências: como ser feliz?
Apesar
de todos os avanços tecnológicos, particularmente a partir da segunda
metade do século 20, das descobertas espetaculares em diversos campos da
Ciência, todo conhecimento gerado não preencheu o vazio existencial do
Homem.
O que fizemos com a majestade da razão? A felicidade, o que é?
Andamos de um lado para o outro e nos deparamos com os nossos desafios.
Idealizamos situações em que dizemos que uma vez alcançadas seremos
felizes. Acumulamos bens, constituímos famílias, conquistamos metas, e
percebemos que à medida que logramos o que até então sonhamos, novos
patamares surgem e passam a ser ideais, e assim por diante.
A mídia nos
traça quadros ilusórios de felicidade, onde as pessoas são sempre
jovens, bonitas, ricas e estão sempre se divertindo, num eterno domingo.
Essas falsas imagens perturbam o ser, de forma a condicioná-la a uma
busca incessante pela aparência, pelo ter, pela eterna juventude,
enveredando por intervenções cirúrgicas que tentam mascarar os conflitos
internos, quando na verdade a grande plástica a ser feita é a plástica
da alma, a reforma íntima dos valores.
O
passo inicial dessa caminhada é perceber o equívoco da ilusão de que a
felicidade seja um paraíso onde não se têm problemas, desafios, e que
tudo será como um lago de águas tranquilas. Os Amigos Espirituais
afirmam que a felicidade é uma conquista individual do Espírito e que
todos estamos destinados a ser felizes, porém, é necessário empreender
esforços na prática da Lei de Amor que tudo transforma.
A
proposta da Doutrina Espírita é de libertação dos grilhões da
ignorância, através do estudo profundo dos seus postulados à luz da
elevada moral do Evangelho do Cristo. O Espiritismo situa o Homem como
construtor do próprio destino, sendo ele responsável pelo que fizer do
que lhe é dado como oportunidade para o seu progresso espiritual.
Conquistar o que está fora é a medida da nossa insegurança e a busca dos
verdadeiros valores, que a ferrugem e a traça não consomem, nem os ladrões minam e roubam, é o que nos garantirá a plenitude da felicidade imorredoura. “Onde está o teu tesouro, aí também estará o teu coração”, nos asseverou Jesus.
É
urgente repensar os nossos conceitos de felicidade. A vida, ainda que
permeada por lutas acerbas e dificuldades de ordem diversa, é benção, e
assim deve ser considerada. Felicidade não é o ponto de chegada. Façamos
dela o caminho.
Fernando de Sá Leitão
Fonte: Centro Espirita Sementes de Amor
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